sexta-feira, 16 de outubro de 2015

"Eu não sabia..."

Eu não sabia
Que doía
Tanto
A distância
O lamento
O dia a dia assim!
Se eu soubesse
Que doeria tanto
Me recuaria
Num canto
E não agiria assim!
Agora resta
Esse dia
Sem jeito
E ninguém mais
Lembra do que
Acabou de vir!
Nessa distância
Mora a saudade
E essa louca vontade
Está doendo
Em mim!
Nessa distância
Vive um sonho
Lindo, e assim
Vivo indo
Sem você aqui!

sábado, 29 de agosto de 2015

Dias de paz...

Que leve a tristeza
E traga certeza
De dias de paz...

A cidade acorda
Outrora minguante
E lá, bem distante...
Traz dias de paz!

A aurora assombrante
Que enfim se eleva
E hoje, sem pressa
Traz dias de paz!

O olhar derramado
As luzes acesas
E a agonia clareza
Traz dias de paz!

A noite surgindo
Sorrindo brilhante
E estrela piscante
Traz dias de paz!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Aforismos 17

Quando
Acordo
E penso
No sonho
que vivi...

Levo um
Susto
E perco
O curso...
Juro, me perdi...

Bate
Forte
Quando
Vejo
O norte
A me guiar!

Fez
Romper
Aquilo que
Me faz
Sonhar!

Ando adiante
Vou e Volto
Vai e Vem
Talvez!

Sinto
O toque
Do teu cheiro
E me sinto
Além!

Acordo
E vejo
Você aqui
Perto
De mim!

Sonho
E acordo
Me sentindo
Assim...

Solidão


Solidão...

Sentir-se só em meio a multidão
Procurar-me na escuridão
Esperar, na batida do coração...

Escutar o barulho do nada...
Questionar a caminhada
Ir embora, sem deixar nada...

No silêncio se consumir,
Abafar toda a vontade
Buscar a felicidade
Na solidão da vida que segue...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Algo sobre ela...

E ela é tão doce...
Tão na dela...
Tão amável, tão bela...
Ela tem seus termos, suas respectivas requecisões...
Ela sabe o que dizer mas guarda para si mesma...
Ela fala sem pensar,
as vezes...incompreendida.
Ela ri e se faz chorar...
Ela é dona da sua vida!
Ela se tranca e despenca tudo o que lhe pesa.
Ela pega folhas e escreve versos que são só dela...
Ela se deita, pensa no que fará, faz e fez....
Ela é tão sentimental que as vezes não se reconhece...
E ela olha para a linha sempre a sua frente como se algo a esperasse...
E ela esperando sempre por algo...

Quarteflor


E se tu fosses
Eu flor seria
E se eu flor
Nós floreceria...

sábado, 15 de agosto de 2015

Primeiro Amor


Desculpe-me pelo olhar perdido...
Naquela tarde quente...
Desculpe-me pelo primeiro gesto de falar ausente,
Pela aparência envergonhada, pela alma ousada,
De desejo por ti - sempre!

Desculpe-me pela distância
Pelo articular afastado,
Pelo andar acelerado
Pelo medo que me corrompia

Desculpe-me por cada amanhecer...
Que te buscava sempre sorrindo
Desculpe-me por não ser tão suntuosa,
Pelo amor mal usado, pela não evidência.

Desculpe-me a indiferença,
Por fingir-se tão segura,
Enquanto estava a escapar

Desculpe-me pela covardia
De um amor que só queria se ofertar...
Mas que não soube amar...
Pela primeira vez!